quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

ORKUT: proibir ou liberar?

Essa última sexta-feira teve início o curso de formação para professores do concurso para o Estado. A primeira aula que tivemos foi no laboratório de informática de uma escola estadual. Logo quando entrei na sala (quase atrasada, mas isso é outro assunto) avistei um placa que dizia " PROIBIDO O ACESSO AO ORKUT." Como eu trabalho em escola e sou professora de Língua Portuguesa fico um pouco preocupada com essa questão. É incrível como esse tipo de proibição é explícita hoje em escolas e em locais de trabalho. Eu pergunto o porquê não proibir também outros gêneros virtuais; você pode dizer que a maioria das pessoas aqui no Brasil têm Orkut, tudo bem, é uma boa justificativa. Porém acho sem sentido essa proibição, é um gênero como outro qualquer, com as suas especificidades, é claro. Até parece que os alunos não têm acesso a outras coisas fora da escola. Acho que temos que ter bom senso; se a aula com a presença do professor trata de um determinado assunto não tem motivo para o aluno acessar outras coisas, senão àquilo que o professor solicitou; agora, se o aluno tem um horário livre para acessar à internet, na escola, por que ele não pode acessar o Orkut? Por que? Por que? Por que? Eu insisto. Também acho que as pessoas, no trabalho, se tiverem tempo livre, também devem ter acesso e por que não? Precisamos evoluir para compreender como a sociedade atual tem a necessidade de se comunicar virtualmente. Não podemos proibir o que faz da natureza humana: se comunicar usando diversos meios, diversos gêneros. Temos que lembrar que todo gênero é situado socio-historicamente em um contexto real de uso da língua; essa proibição só demonstra desconhecimento lingüístico e preconceito. Todo mundo sabe que não tenho Orkut. Foi uma escolha; também tenho que admitir que não tenho muita intimidade com o computador; mas penso que também não posso ser motivo de gozação por não ter um Orkut; quero um gênero mais intimista e achei: o blog. Apesar de não ter um, defendo que todos possam ter acesso e sem nenhuma discriminação. Até já dei uma aula utilizando o Orkut e outros gêneros virtuias para falar da passagem da oralidade para a escrita, acho que fica essa sugestão para quem trabalha com Língua Portuguesa e viva o ORKUT!!!

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