DESABAFO I

Enfim, segunda passada, dia 20/09 aconteceu no centro de Convenções a posse dos professores concursados do concurso que já durava mais de um ano. Se eu estou feliz? Não. Posso dizer que estou aliviada, não é o sentimento de felicidade que está presente em mim. Não posso deixar de escrever, de descrever o ato da posse. Eu cheguei lá bastante cedo. Assinei uns papéis e fiquei aguardando a chegada de uns colegas. Revi muita gente boa. Os parentes, as pessoas que estavam acompanhando os empossados ficaram em uma sala à parte e assistiram a tudo pela tela. Pois bem, quando deu perto do horário dos empossados subirem para o auditório, quem estava lá na porta? Apertando a mão de cada um dos professores e dizendo parabéns? Ele mesmo: Arthur Bruno. Eu não sei porque ele já não foi com uma blusa escrita assim: "Vote em mim; eu sou professor, mas vivo com o salário de deputado."É preciso ressaltar que em atitude de protesto (e não de má educação, como alguns entenderam) eu não estendi a minha mão a ele. Disse apenas em um tom firme: " Obrigada". E fiquei pensando depois: O que foi mesmo que o Arthur Bruno fez durante todos esses anos pelo professor? Pelo professor eu não sei, mas contra, isso eu sei. Foi ele quem inventou a tal da aula prática do concurso, como se a gente não passasse por um estágio na faculdade e um estágio probatório. Meus caros, foram muitas emoções nessa posse. Só se viam sussurros para lá e para cá: " O governador vem? Sim,ele vem. Não, ele não terá coragem." Todo mundo só falava na ausência ou na presença do governador do Estado. Não foi oferecido nada aos professores: nem promessa, só água quente para beber. Quando todos subiram para o auditório, lá estavam representantes da Secretaria de Eucação do Estado que foram apresentados aos professores. Entre as figuras mais "ilustres" que estavam lá presentes , eu destaco a Secretária de Educação e a presidente da APEOC. Houve muitas vaias, especialmente durante o discurso da Secretária de Educação. Não posso deixar de comentar que foi a parte mais interessante da posse. A mulher falou muita besteira e ainda resolveu falar da questão salarial, dizendo que o governo deu o que prometeu. O que? Nem precisa dizer que ele não deu e nem tem intenção de dar o nosso piso! Falou de melhoras salariais, melhoras disso e daquilo outro. Que se formos nos comparar com o que erámos antes ou outros estados, blá , blá ,blá....Então, é isso? A gente tem que se comparar com o que é pior, e nos conformarmos ? Não será interessante nós nos compararmos ao que está a frente de nós e tentarmos seguir como modelo para melhorarmos? PELO O AMOR DE DEUS! Essas colocações foram demais! Outro ponto que não posso deixar passar em branco: a orquestra de uma escola profissionalizante que tocou, uma aluna de uma escola profissionalizante que falou, tudo era relativo a alguma escola profissionalizante. DETALHE: Nenhum, dos cerca de 3.088 professores, foram lotados em alguma escola profissionalizante. Esse concurso não teve vínculo algum com o projeto da escola profissinalizante, e era só do que se falava nos discursos dos membros da SEFOR. E a ausência do Governador? Esse tópico merece ser escrito com mais entusiasmo, portanto vou deixar para mais tarde.

NOVIDADE-lotação

Gente, eu nem acredito ainda que consegui ser lotada no JBM! Depois de trabalhar dois anos como temporária no Estado, ontem consegui ser lotada como efetiva e onde eu queria! Saí da SEDUC ontem quase às 19:00h. E o mais importante: posso garantir que esse concurso não teve peixada, nem vaga guardada pra ninguém! Pelo menos é o que pareceu ontem. Eu posso dizer que eu estou em êxtase principalmente porque consegui ficar em Fortaleza (apenas 226 vagas foram disponibilizadas pra cá). A minha felicidade não é ainda completa porque estou aguardando a lotação de alguns colegas que eu espero que consigam ficar no máximo na região metropolitana. Eu torço para que cada um fique o mais próximo possível. É claro que vou sentir muita, mas muita mesmo, saudade dos meus alunos do Waldemar Alcântara, como senti da outra vez que deixei o Polivalente (JBM). Mas faz parte. Agora é uma nova etapa. Não tem preço trabalhar perto de casa, não é mesmo? Poder tomar um banho e almoçar com a família. Vamos aguardar agora a data da posse!

Curtindo o clima de UBAJARA

DA ESQUERDA PARA A DIREITA: KARLA JANE, EU E DANIELE.

Welson e Raquel- clima de romance

Eu e o Amorzinho na escadaria para a Igreja do Céu- lá de cima da pra ver a cidade toda. Linda!!! Vale a pena conhecer o nosso Estado!!!

Curtindo o friozinho da Serra

Uma parada para tomar o café da manhã com essa paisagem de fundo.

Muito boa a festa de comemoração do aniversário do Seu João Antonio lá no Cumbuco. Feijoada, cerveja e família reunida!!!!

João Antonio's party- 60 years

Show do Fagner com as amigas

Pense num programa maravilhoso?! Show do Fagner financiado pela Prefeitura de Fortaleza! É... Também temos direito ao lazer. Muita gente diferente, mas todos com o mesmo bom gosto:escutar boa música.

Show do Fagner no Dragão do Mar

" Não sei porque insisto tanto em te querer; em concordar com tudo o que você me faz..."

Eu e a Renatinha no almoço

Almoço de comemoração e despedida

Muito boa a idéia de nos reunirmos no último dia em uma confraternização. À direita, de preto, foi nosso tutor na nossa última disciplina. É capitão da polícia militar. O que ele estava fazendo lá? Eu também fiz essa pergunta. Para o Estado, qualquer pessoa, de qualquer formação, pode dar curso para professor. Vejam só!!

Pessoal do curso de Formação: turma 44

Não saí nessa foto. A nossa turma era composta de professores de Português, Química e Filosofia.

Pessoas muito interessantes, na sua maioria.

Curso de Formação- eis o fim

Foram muitas emoções. Muitas dicussões sobre a Educação. Foi quase insuportável ficar todo o final de semana, inclusive domingo à tarde, em uma sala quente, com calor, com fome, discutindo o que todo mundo já sabe: o Estado só quer números. Praticamente o curso se resumiu em falar da importância de elevar os índices das avaliações externas. Mas não foi de todo ruim, aqui e acolá, alguém falava alguma coisa com sentido, como por exemplo, reduzir a nossa carga horária para termos uma melhor qualidade de vida. O que nos salvou nesse curso foram as amizades que construímos, o clima de camaradagem, as brincadeiras- é isso que eu vou guardar, pois se não fosse isso, como poderíamos ter chegado até o final? Houve discursos pessimistas e outros bem utópicos; o importante é que saí de lá com a certeza de que ninguém da nossa categoria vai votar no Cid Gomes. Professor NÃO PODE VOTAR em que desrespeita a nossa categoria e considera a educação somente por dados estatísticos.

Nani

Saudade

Nani,

Você foi embora muito cedo. Sentimos muita a sua falta. Todo lugar que olhamos vemos você deitado. Nós sempre lhe quisemos muito bem; tá sendo difícil sem você, mas nunca te abandonamos. Fizemos tudo o que estava ao nosso alçance. Com certeza, você foi muito bem recebido no céu por São Francisco. Beijo da vovó Bill, da Camila e da Raquel.

ORKUT: proibir ou liberar?

Essa última sexta-feira teve início o curso de formação para professores do concurso para o Estado. A primeira aula que tivemos foi no laboratório de informática de uma escola estadual. Logo quando entrei na sala (quase atrasada, mas isso é outro assunto) avistei um placa que dizia " PROIBIDO O ACESSO AO ORKUT." Como eu trabalho em escola e sou professora de Língua Portuguesa fico um pouco preocupada com essa questão. É incrível como esse tipo de proibição é explícita hoje em escolas e em locais de trabalho. Eu pergunto o porquê não proibir também outros gêneros virtuais; você pode dizer que a maioria das pessoas aqui no Brasil têm Orkut, tudo bem, é uma boa justificativa. Porém acho sem sentido essa proibição, é um gênero como outro qualquer, com as suas especificidades, é claro. Até parece que os alunos não têm acesso a outras coisas fora da escola. Acho que temos que ter bom senso; se a aula com a presença do professor trata de um determinado assunto não tem motivo para o aluno acessar outras coisas, senão àquilo que o professor solicitou; agora, se o aluno tem um horário livre para acessar à internet, na escola, por que ele não pode acessar o Orkut? Por que? Por que? Por que? Eu insisto. Também acho que as pessoas, no trabalho, se tiverem tempo livre, também devem ter acesso e por que não? Precisamos evoluir para compreender como a sociedade atual tem a necessidade de se comunicar virtualmente. Não podemos proibir o que faz da natureza humana: se comunicar usando diversos meios, diversos gêneros. Temos que lembrar que todo gênero é situado socio-historicamente em um contexto real de uso da língua; essa proibição só demonstra desconhecimento lingüístico e preconceito. Todo mundo sabe que não tenho Orkut. Foi uma escolha; também tenho que admitir que não tenho muita intimidade com o computador; mas penso que também não posso ser motivo de gozação por não ter um Orkut; quero um gênero mais intimista e achei: o blog. Apesar de não ter um, defendo que todos possam ter acesso e sem nenhuma discriminação. Até já dei uma aula utilizando o Orkut e outros gêneros virtuias para falar da passagem da oralidade para a escrita, acho que fica essa sugestão para quem trabalha com Língua Portuguesa e viva o ORKUT!!!

Vanda, Raquel e Karla Jane

Pense numas temporárias afoitas!!! O JBM nunca será o mesmo depois da nossa presença!!! Apesar da "presidente do sindicato dos temporários" está afastada (eu) (não sabemos se para sempre), não posso deixar de participar de nenhum evento, não é mesmo?

Mercado dos Pinhões

Eu e meu amorzinho (Welson) no Mecado dos Pinhões, domingo dia 07/02, curtindo o forró de Chico Pessoa. Adoooorei!!!!! Pense num forró gostoso! Foi a primeira vez que fui; a primeira impressão que tive não foi boa, logo quando cheguei, jurava estar no " forró dos véi" de tanta gente que vi da terceira idade ( detesto essa expressão, mas não consegui substituí-la), mas logo quando a música começou a tocar, apareceu gente de todo jeito. É um espaço democrático,( para não dizer popular) em que a cultura cearense pode se expressar. Gostei e recomendo. Para quem não conhece, fica atrás do Colégio Militar de Fortaleza da Santos Dumont.

Mercado dos Pinhões

Letícia e Raquel

Essa é minha prima Letícia e eu há alguns meses na praia da Tabuba. (Não precisa dizer que o carro no fundo não é nosso.) Não consigo imaginar viver em um lugar sem praia; não entendo porque tem tanta gente que vive uma vida inteira em cidade praiana como Fortaleza e só vai à praia uma vez ao ano. Somos privilegiados por esse mar que nos cerca; eu mesma tenho ido pouco em virtude dos concursos e outras coisas. Mas esse ano não vai ser difícil me encontrar na praia.

Guiné-Bissau

Eu sempre tive paixão pelo continente africano; embora só conheça por fotos e vídeos. Mas depois que entrei em contato com um pessoal de Guiné-Bissau que convidei para dar uma palestra para meus alunos lá na escola que trabalho; fiquei com mais vontade ainda de conhecer Cabo Verde, África do sul e Guiné-Bissau. Esse da foto é Mamadu, de Guiné-Bissau; ele está no Brasil para estudar assim como seus colegas que conheci. São pessoas maravilhosas. Valeu Mamadu! Obrigada pela ajuda.

Vinte e poucos anos

Essa semana foi o meu aniversário, dia 02/02. Bem, nessas datas a gente faz algumas reflexões do tipo o que tenho feito da minha vida, quais objetivos tenho alcançado, planos para o futuro etc. Acho que é assim com todo mundo, dependendo da idade que se completa as reflexões variam um pouco. Completei esta semana 25 anos. Pois é, eu também não acredito. O fato é que quando você é mulher, essa idade nos remete algumas indagações e crises existenciais; como por exemplo, casar e ter filhos ou investir mais na carreira? Malhar mais e fazer dieta ou apelar logo para uma cirurgia plástica? Comprar um carro zero ou investir logo em um imóvel? Comprar roupas novas ou economizar dinheiro? Bem, são inúmeras questões que essa idade nos obriga, de uma certa forma, a fazer escolhas que no futuro próximo terão conseqüências sérias. Acho que preciso viajar mais, ler mais, investir em mim. Não quero olhar pra traz e achar que não fiz tudo o que tinha direito de fazer na minha juventude. O tempo tem passado muito rápido, dos vinte e dois pra cá foi um salto. Preciso me arriscar mais, viajar mais e tudo mais. Quero e quero muito um ano diferente; não que o ano passado tenha sido ruim, mas eu quero muito mais. Quero aproveitar cada segundo dessa vida porque adoro viver e ser feliz.

Contando os dias para o Carnaval.

É certo que não gosto de carnaval; assim, não gosto de multidão e daquela idéia de estar em casa lotada de gente dividindo o mesmo banheiro. Eu gosto de conforto. Mas o problema é que mesmo você não brincando o carnaval, você tem a necessidade de se inserir em alguma programação, porque simplesmente a cidade pára. NADA FUNCIONA. Eu fico chateada com isso. Então eu preciso saber o que eu vou fazer no Carnaval esse ano, além da minha monografia que preciso terminar urgente, é claro. Ninguém , mas ninguém mesmo merece passar o carnaval, a festa mais linda do ano, em frente ao computador fazendo análises sociolingüísticas. e detalhe: faz mais de um ano que estou sem férias. Então imagina como estou louuuuca pelo carnaval. De qualquer forma, já decidi que vou, pelo um dia subir, a serra de Baturité, fugir um pouco dessa loucura. O resto quero ir à praia, every day, porque adoooooooooro praia. Acho que a praia do Futuro não deve estar tão lotada, não é? Eu preciso urgente de sombra e água fresca... Ando muito cansada. Viva então o Carnaval, para os que gostam e para os que não gostam; eu gosto, mas não da maneira convencional, eu acho...